quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Associação ou Religião?



A Maçonaria  é uma  sociedade discreta, ou seja, que trata seus assuntos de forma reservada e que interessa exclusivamente àqueles que dela participam.
Portanto, é uma sociedade fraternal, que admite todo   homem   livre  e  de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideologia política ou posição social. Suas principais exigências são que o candidato a maçom acredite em um princípio criador, tenha boa índole, respeite a família, possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição, aniquilando seus vícios e trabalhando para a constante evolução de suas virtudes.

O nome "maçonaria" provém do francês maçonnerie, que significa "construção". O termo maçom (ou maçon),  provém do inglês mason e do francês maçon, que quer dizer “pedreiro”. O termo  maçonaria, portanto, significa, literalmente, associação de pedreiros. Isso porque os Maçons acreditam que são trabalhadores a serviço do Grande Arquiteto do Universo (G.A.D.U.), que é uma foça superior que rege o universo. Por esse motivo utilizam como simbolismo principal o esquadro e o compasso, ferramentas muito utilizadas na arquitetura.

Alguns maçons argumentam que a fraternidade não é uma religião, mas apenas uma associação que visa um bem comum. Entretanto, Rizzardo da Camino, Maçom no 33º grau e membro fundador da Academia Maçônica de Letras, afirma que:

“A maçonaria [...] proclama a existência de Deus sob o nome de Grande Arquiteto do universo [G.A.D.U.]; não importa a religião que o maçom siga, o que importa é a crença no Absoluto, no Poder Divino, em Deus, seja qual for o nome que se lhe der, como Jeová ou Alá” (Camino, Rizzardo da. “Dicionário Filosófico de Maçonaria”. Ed. Madras, p. 47)

Considerando, então, que os Maçons também proclamam a “existência de Deus”, concluímos, com base nesta afirmação, que todo maçom é religioso. Sendo assim, analisaremos algumas afirmativas religiosas dos membros desta organização à luz da Palavra de Deus para verificarmos se, é lícito ou não, a um membro professo da religião cristã, associar-se a esta organização:

1)         O Gnosticismo:

No símbolo mostrado na capa deste panfleto, nós vimos em destaque a Letra “G”. Na verdade, o significado desta letra na Maçonaria é incerto. Contudo, um site especializado em maçonaria, afirmou:

“A letra G, é a sétima letra do nosso alfabeto, estudos concluem que pode ter vários significados: [...] É indiscutível que a melhor significação é Gnose, ou seja, CONHECIMENTO”(cidademaconica.blogspot.com/2007/07/letra-g-na-maonaria.html).

Então, segundo o próprio site, parece que a sociedade fraternal “não religiosa” tem algo a ver com uma filosofia que existe antes mesmo de Cristo nascer: o Gnosticismo. Este termo deriva da palavra grega “gnosis”, que significa, literalmente, “conhecimento”. Para os gnósticos, a verdade é secreta, e somente é revelada a algumas pessoas detentoras de um “conhecimento” especial. A Matéria (a “Carne”) é essencialmente má e a Alma (a sede do ”conhecimento”) é essencialmente pura. Daí a salvação da alma para os gnósticos consiste exatamente em descobrir qual é a “verdade espiritual” que liberta o ser humano da matéria, voltando o indivíduo para dentro de si mesmo em busca de suas origens. Se, de fato, a letra “G” do símbolo maçônico realmente for isto, teria muito a ver com as divisões existentes dentro da irmandade (33 graus), sendo que, o primeiro é conhecido como “profano” ou “aprendiz” e, o 32º é conhecido como “Mestre do Segredo Real”. Então, vejamos o que as Escrituras dizem a respeito desta filosofia:

“O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo da vida [...];  sim, o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que vós também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo” (1ª João 1:1-3).

O apóstolo João parece ter enfrentado alguns problemas com esta filosofia já no início da era cristã. Nesta carta, ele faz questão de destacar que, o Verbo da Vida, que é JESUS CRISTO, o Filho de Deus, da mesma essência e substância que o Pai (João 1:1-3) veio em carne humana. Isso significa que o gnosticismo está equivocado pois, se Cristo veio em carne humana, e a matéria é essencialmente má , então Ele seria pecador, pois teria um corpo genuinamente ruim e um espírito bom.

Mas, a Palavra de Deus deixa bem claro que “o verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1:14). E também que “Cristo morreu pelos nossos pecados” (1ª Coríntios 15:3) sendo que, ele mesmo, não tinha pecado algum (Hebreus 4:15). A salvação da alma dá-se mediante a fé em seu nome (Atos 16:31, 4:12), e não por um “conhecimento” místico especial.

2)          O Ecumenismo:

O  Dicionário Aurélio  define      ecumenismo como o movimento que visa à unificação das igrejas  cristãs (católicas e protestantes). A definição mais abrangente diz que é a aproximação e a superação das divisões entre todas as religiões. A fraternidade Maçônica é adepta do ecumenismo, ou seja, aceita como membros pessoas de todas as religiões. Mas, não apenas isso. Se algum cristão fizer parte desta associação ele jamais deve evangelizar ou pregar para seu “irmão” maçom, ainda que esta seja satanista, católico ou hinduísta. Por exemplo: William Schnoebelen conta que era bruxo quando foi admitido na maçonaria. Para ele, o G.A.D.U. é o próprio Lúcifer (o diabo). Com o tempo, ele descobriu outros satanistas que também faziam parte do grupo. Parece difícil conciliar cristãos e satanistas sem atrito sob o mesmo teto, mas isso realmente acontece na maçonaria. Veja o que Albert Pike, um dos grandes líderes maçons, escreveu sobre isso:

“A religião maçônica deve ser, por todos nós iniciados do alto grau, mantida na pureza da doutrina luciferiana. Se Lúcifer não fosse deus, será que Adonai, cujas ações provam sua crueldade, perfídia e ódio pelos homens, barbarismo e repulsa pela ciência, e seus sacerdotes o caluniariam? Sim, Lúcifer é deus, e infelizmente Adonai também é deus. [...] mas Lúcifer, deus da luz e deus do bem, está batalhando pela humanidade contra Adonai, o deus das trevas e do mal” (A.C. de LaRive. La femme et l‘ enfant dans la Franc, Maçonneirie Universele, Paris, 1889, p.588).

No hebraico, o termo Adonai significa literalmente “Senhor” ou “Mestre”. É sinônimo de Yahweh (transcrito como “Senhor” na Bíblia de Almeida) e Elohim (traduzido “Deus”, ou seja, o nosso Deus). Albert Pike diz, absurdamente, que o nosso Deus é o deus das trevas, que odeia os homens! Que contraste com a revelação bíblica, que afirma:

“Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jeremias 31:3).

Então, G.A.D.U. na Maçonaria pode ser tanto o Deus da Bíblia quanto o Diabo, da mesma Bíblia. Todavia, será que a Bíblia nos permite conciliar estas duas realidades em comunhão desta forma? Observe o que a Palavra de Deus nos ensina:

Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis. Pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que consenso há entre Cristo e Satanás? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Pois vós [cristãos] sois o santuário do Deus vivente.” (2ª Coríntios 6:14-16).
Então vemos que, mediante a Palavra de Deus, a maçonaria e a religião cristã são incompatíveis! Que o Deus triúno (Pai, Filho e Espírito Santo) nos abençoe e nos conduza sempre à sua verdade, revelada nas Sagradas Escrituras!

PARA A FORMULAÇÃO DESTE ESTUDO FORAM UTILIZADAS AS SEGUINTES FONTES:


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