sexta-feira, 2 de setembro de 2011

ADÃO E EVA, EXISTIRAM?


Adão e Eva no Jardim do Éden. Foi assim que começou.
Tradução do texto [em inglês] de Albert Mohler: Adam and Eve: Clarifying  Again What Is at Stake, disponível aqui.

*************

Recentes discussões sobre Adão e Eva têm servido para pelo menos um bom propósito – tornar mais claro o que está teologicamente em jogo nos debates. O recente relatório da NPR (National Public Radio) alertou a grande cultura secular para o debate, mas raramente a discussão traz novidades.

O que é novo, contudo, é a sincera admissão por parte de alguns de que a negação de um Adão histórico requer uma nova compreensão da história bíblica básica – e do Evangelho como um todo.

Um dos meus mais recentes artigos, False Start? The Controversy Over Adam and Eve Heats Up (Começo Falso? A Controvérsia sobre Adão e Eva Pega Fogo) deixa este ponto mais claro. Como eu argumentei lá, a negação do Adão histórico não só implica a rejeição do ensino bíblico lúcido, mas também resulta na negação da Doutrina Bíblica da Queda, conduzindo da um modo muito diferente de contar a História Bíblica e o significado do Evangelho.

A propósito, aqueles que tentam negar que o Gênesis requer a afirmação de um Adão histórico como um indivíduo humano real e singular (argumentando, por exemplo, que a palavra ‘Adão’ em hebraico significa somente ‘o homem’) tem que enfrentar o fato que a narrativa de Gênesis apresenta Adão como um indivíduo singular que age, fala, casa-se, reproduz-se, e está listado na genealogia de Jesus. O vocabulário hebraico não oferece nenhuma escapatória convincente para a historicidade.

O ponto principal do meu artigo ‘False Start’, contudo, foi que a negação de um Adão histórico separa o ponto essencial elaborado por Paulo em Romanos 5:


Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram. Porque antes da lei já estava o pecado no mundo, mas onde não há lei o pecado não é levado em conta. No entanto a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão o qual é figura daquele que havia de vir. Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos. Também não é assim o dom como a ofensa, que veio por um só que pecou; porque o juízo veio, na verdade, de uma só ofensa para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. (Romanos 5:12-17)

Esta é a forma do Apóstolo Paulo contar a história da Bíblia e o significado do Evangelho. Se Adão não foi uma figura histórica, e assim não houve nenhuma Queda no pecado e assim toda a Humanidade não pecou em Adão, portanto a história do Evangelho que o Apóstolo Paulo conta está errada. Além disto, Paulo estava simplesmente enganado ao crer que Adão foi uma pessoa real.

Desta maneira, a negação do Adão histórico significa que nós temos que contar a história da Bíblia de uma maneira muito diferente do que a Igreja tem lido, ensinado, pregado e acreditado há séculos. Se não há nenhum Adão histórico, então a metanarração bíblica não é Criação-Queda-Redenção-Nova Criação, mas algo totalmente diferente.

Para seu crédito, Brian McLaren afirma esta verdade e concorda que a negação da historicidade de Adão requer uma nova maneira de contar a história bíblica. Mas – e este é o ponto crucial – ele pensa que isto pode ser uma coisa boa.

Respondendo ao meu artigo, ele escreveu:

Eu concordo firmemente (em um tipo curioso de ironia) com o bom Dr. Mohler. Eu penso que a convenção constantiniana “do entendimento da metanarrativa do evangelho e o enredo da Bíblia” está errada, mal orientada, e perigosa. Nós realmente precisamos de “um completo novo entendimento” – novo, que é, comparada com o status quo, mas realmente mais antigo e primário que a abordagem convencional. No processo nós aprenderíamos melhor o que uma metanarrativa é de fato e perceber que não há um grande rótulo para aplicar ao Evangelho... “o enredo da Bíblia” é muito melhor. Isto é o que eu tenho escrito e falado na última década, e espero continuar defendendo e contribuindo para a próxima.

Naturalmente, McLaren tem escrito sobre isto e convoca uma revolução teológica. No seu livro de 2010, A New Kind of Christianity (Um novo tipo de Cristianismo), McLaren explicitamente nega que a Bíblia revela Adão como um ser histórico. Ele também nega que nós deveríamos crer numa Queda no Pecado que conduz a um veredito divino contra a pecaminosidade humana.

Em suas palavras, falando do relato de Gênesis:

É patentemente óbvio para mim que estas histórias não pretendem ser tomadas literalmente, apesar de isto não costumar ser tão óbvio, e eu sei que não deve ser agora para a maioria dos meus leitores.  É também poderosamente claro para mim que estas histórias não literais ainda devem ser levadas a sério e representadas pelo seu conteúdo rico, porque elas instilam experiente sabedoria multiforme – através de profunda linguagem mítica – sobre como veio a se tornar o que é.

Sobre Gênesis 3, ele afirma:

Neste mundo, não há nenhum momento isolado de deslocamento de declaração para história: é tudo história, do começo ao fim, e provavelmente antes e depois também. Deus não é suscetível de perder seu status de perfeição com uma promessa furiosa de eterna condenação, perdição e destruição. Deus não decretou o estado perfeito arruinado e o planeta destinado para geocídio. A experiência não é um fracasso.

Um ponto similar foi dito pela escritora conhecida como RJS em ‘Jesus Creed’, o blog do estudioso do Novo Testamento Scott McKnight. RJS rejeitou minha afirmação que uma compreensão correta de Adão é necessária para a correta compreensão de Cristo e sua expiação. “Eu rejeito categoricamente a noção que ter uma visão correta de Adão (ou uma visão específica de Adão) é requerida para ter a visão acertada de Cristo e sua obra redentiva neste mundo”, ela escreveu.

Ela está certa em argumentar que nossa compreensão da criação é inata e irredutivelmente cristológica – baseada em textos como João 1 e Colossenses 1. Todavia, isto não reduz de qualquer forma a importância da afirmação da Bíblia de que Adão é uma figura histórica e que a Queda é um evento histórico.

Ainda, ela também escreve isto:

Francamente, eu não acho que a Encarnação seja a solução para o problema criado pelos nossos antepassados originais, ou dois indivíduos únicos criados do pó ou um grupo que evoluiu para humanos. Eu penso que a encarnação era parte do plano de Deus desde o princípio.

Isto é um pouco atordoante. O Antigo Testamento claramente promete a vinda de um Escolhido que irá salvar o Seu povo dos pecados deles. A Encarnação é impossível para nós compreendermos em termos bíblicos sem a afirmação central de que Cristo veio para redimir Seu povo do pecado. Como Paulo escreveu em Gálatas 4.4-5, “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos”.
No contexto da eternidade, onisciência e soberania de Deus, é inegável que “a Encarnação era parte do plano de Deus desde o princípio”. Mas é também verdadeiro que a criação de Adão e Eva e a Queda da Humanidade no pecado foram também parte do plano divino desde o começo. Esta verdade (definida dentro do contexto da eternidade, onisciência e soberania de Deus) tem sido afirmada, a propósito, tanto por Calvinistas como por Arminianos clássicos. Esta tem sido a fé da Igreja, baseada sobre a autoridade das Escrituras.

Eu genuinamente aprecio um debate honesto sobre estes assuntos de inegável e incalculável importância teológica. Este debate tem servido para esclarecer, mais uma vez, o que está em jogo. Eu só posso terminar novamente onde eu terminei o artigo “False Start”:

A negação do Adão e Eva históricos como os primeiros pais de toda a humanidade e o primeiro par de humanos corta a ligação entre Adão e Cristo o qual é crucial para o Evangelho. Se nós não sabemos como a história do Evangelho começa, então nós não sabemos o que a história significa. Não se engane: um falso início para a história produz uma falsa compreensão do Evangelho.

*************

Nota do tradutor e editor do blog: aqui no Brasil também temos representantes do mesmo pensamento de Brian McLaren, participantes da escola teológica do liberalismo. Ricardo Gondim, Ariovaldo Ramos e Ed René Kivitz são bons exemplos desta escola.

[Atualização 01-09-2011]
Complementando, indico também a leitura deste texto, da autoria de Mauro Meister, no blog O Tempora-O Mores.

Porque não me envergonho do Evangelho de Cristo, Pois é o Poder de Deus para a salvação de todo aquele que Crê - Romanos 1:16


Disponível em: http://liberdadeepensar.blogspot.com/2011/08/adao-e-eva-precisam-ser-reais-pro.html#ixzz1Wqwnwr8j

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A CONGREGAÇÃO... DE QUEM?

+HERESIA=


Fundada em 20 abril de 1910, pelo italiano Louis Francescon, na cidade de Santo Antonio da Platina, no Estado do Paraná, a CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL é reconhecida, principalmente, por seus costumes “pouco convencionais”, como o uso feminino obrigatório de véu, saia e prática do ósculo santo entre seus membros. Seu fundador, Louis Francescon era de origem evangélica protestante, da Igreja Presbiteriana Italiana, em Chicago, da qual ele foi um dos Anciãos, também conhecidos como presbíteros. Em 1894, francescon relata ter tido uma revelação do céu: “encontrando-me em Cincinate, Ohio, em serviço material, aconteceu que, estando numa noite de joelhos em meu quarto lendo o cap. 2 da carta aos Colossenses, ao chegar no verso 12 ouvi uma voz que me repetiu 2 vezes: ”Tu não obedeceste a este meu mandamento”. Então respondi: ”Senhor jamais alguém me falou neste assunto”  (http://www.cristanobrasil.com/index.php?ccb=historia)


A partir daí, Louis Francescon inicia suas pregações exigindo que crentes e não crentes fossem batizados “pelas águas”, ou seja, por imersão (quando alguém entra num rio ou em um recipiente com muita água). A esse movimento, Francescon intitulou de “... a grande obra que o Senhor fez pelo Espírito Santo” (Idem ao site mencionado).

Entretanto, obedecendo a ordem do SENHOR pelo apóstolo Paulo de Julgar todas as coisas (1ª Tessalonicenses 5.21), vamos analisar os ensinos desta denominação religiosa que tanto cresce no Brasil. Nosso intuito é demostrar a Verdade revelada, apenas, nas Escrituras. Por isso, vamos avaliar as doutrinas ensinadas por este segmento religioso:

1)         A CONGREGAÇÃO CRISTÃ CONSIDERA O BATISMO COMO MEIO DE SALVAÇÃO:

Assim disse Louis Francescon:

“Então exortei-os que, se quisessem ser participantes das promessas de Deus, seria necessário obedecê-lo conforme Sua palavra [ele está se referindo ao batismo por imersão]. Em seguida apresentei minha demissão de ancião, secretário e membro daquela igreja. Todos se maravilharam e pediram para que eu não os deixasse e eu lhes respondi que aquela decisão não era por mim premeditada, mas sim ordenada, por Nosso Senhor”(Idem ao site mencionado).

Louis está afirmando que, só podemos participar das promessas divinas se formos batizados por imersão, ou seja, mergulhando “nas águas”. Entretanto, a Palavra de Deus afirma:

“Pois pela graça sois salvos mediante a fé, e isto não vem de vós, é um dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9).

A Salvação não é concedida pelo batismo realizado desse, ou daquele jeito, mas é concedida gratuitamente por Deus através de Jesus Cristo (João 14:6). Se a salvação realmente fosse pelo batismo, o ladrão condenado ao lado de Jesus jamais poderia ter ouvido do Salvador: “hoje mesmo estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:43), já que ele nunca foi batizado. O Batismo não salva o ser humano... ele é apenas um sinal externo do que o Espírito Santo pode ter feito na alma do batizado (Atos 2.38 / Colossenses 2.12).

2)          O DISPENSACIONALISMO:

A Congregação Cristã no Brasil não considera que devamos obedecer a todos os mandamentos da Bíblia. Na verdade, a Congregação Cristã não admite obediência aos mandamentos do Velho Testamento, já que, para ela, aquela Lei de Moisés foi abolida em Cristo. Ela admite que existem duas “dispensações”, ou seja, duas “diviões da igreja”: A Era da Lei (No Velho Testamento) e a Era da Graça (No Novo Testamento). Observe a declaração oficial dada pela denominação atualmente a esse respeito:

“A Congregação Cristã é uma comunidade religiosa inteiramente fundamentada na doutrina e fé apostólicas contidas no Novo Testamento da Bíblia Sagrada”(http://www.congregacaocrista.org.br/).

Ou seja, as doutrinas do Velho Testamento, para os membros desta denominação, foram todas abolidas depois da morte e ressurreição de Cristo. É verdade que, num certo sentido, algumas leis do Velho Testamento foram abolidas, como, por exemplo, o sacrifício de animais, já que eles simbolizavam o que Cristo faria por sua igreja (Hebreus 10:1). Esses tipos de Leis eram vistas como ordenanças cerimoniais (Efésios 2.15). Agora, quanto à questão de obedecermos as Leis de Deus que se relacionam com a salvação e a ética do ser humano, a Bíblia nunca disse que tiveram dois períodos, mas apenas um, tanto no Velho como no Novo testamento:

Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque no evangelho é revelada, de fé em fé, a justiça de Deus, como está escrito [no Velho Testamento – Habacuque 2:4]: o justo viverá da fé” (Romanos 1:16-17)

Se as Leis que tem a ver com a salvação do homem no Velho Testamento foram totalmente abolidas, por que é que Paulo se utiliza de uma daquelas leis para falar do Evangelho Salvador? Na verdade, nunca existiram duas dispensações, mas apenas uma: a Salvação dada ao homem por Deus é concedida gratuitamente através de um Mediador (1ª Timóteo 2: 5 / Atos 16.31).

Quanto à questão da ética, Paulo afirma que as Leis contidas no Velho Testamento, bem como as do Novo testamento, continuam sendo válidas para os nossos dias:

Toda a Escritura [do Velho e do Novo Testamentos] é  inspirada por Deus e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra” (2ª Timóteo 3:16-17).

3) O EXCLUSIVISMO:

Num livreto escrito por Francescon (também publicado pela CCB), o testemunho dele sobre as igrejas evangélicas foi este:
“... o Senhor permitiu abrir uma porta resultando que cerca de 20 almas aceitaram a fé e quase todas provaram a Divina virtude. Uma parte eram Presbiterianos e alguns Batistas e Metodistas [...] Eis como o benigno Deus começou Sua obra. Pelo batismo da água, segundo o mandamento do Senhor Jesus, fomos tirados das seitas humanas e de suas teorias" (Histórico da Obra de Deus revelada pelo Espírito Santo no século atual, p. 24, 25).

Assim sendo, Francescon e seus seguidores consideravam que a nova denominação religiosa da qual faziam parte era, realmente, “A” única igreja verdadeiramente cristã. Mas, a Palavra de Deus nos ensina que:

Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus” (1ª João 4:15)

Ou seja, Deus enviou seu Filho ao mundo para que todo aquele que nele Crê, quer seja da Congregação Cristã ou não, seja salvo (João 3.16). E isso não é por uso de “véus” na hora do culto, ou pela proibição do uso de calça, mas pela fé e obediência ao Filho de Deus (João 14: 15). Será que podemos considerar esta igreja genuinamente cristã?! INFELIZMENTE, AS ESCRITURAS NOS MOSTRAM QUE NÃO! DEUS NOS ABENÇOE E NOS CONDUZA SEMPRE À SUA VERDADE, QUE É A BÍBLIA!


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A REALIDADE NATURAL DE UM REGENERADO


 


"Estou crucificado com Cristo, logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo Vive em mim!" - Gálatas 2:19-20


Que belas "palavras de vida" são estas! Soam como uma linda sinfonia aos ouvidos daqueles que são sensíveis à voz do Supremo Pastor. Pensando na frase dita pelo Apóstolo dos Gentios, darei início, a partir de hoje e diariamente, a transcrição de uma série de estudos sobre a realidade natural de um regenerado. Espero que edifique a todos aqueles que foram Libertados do poder aprisionador do Pecado... Então, que o o SENHOR JESUS os abençoe!


ÍNDICE


A REVELAÇÃO DA SALVAÇÃO EM CRISTO NO ANTIGO TESTAMENTO




"Então ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram! Porventura não importa que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. [...] Depois lhes disse: São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos." - Jesus Cristo (Lc: 24.25-27, 44)

A Divindade de nosso Senhor Jesus Cristo, bem como a revelação de sua Graça, vem sofrendo ataques sérios no decorrer de toda história! Indagações como: "Jesus é Deus?" ou "O VT fala sobre a salvação pela Lei e não tem nada a ver com Cristo" estão sendo dissimuladas desde o início da era cristã. E Para que nós, servos do Senhor, estejamos preparados para nos defender nesta "guerra" é preciso combater com nossas "armas poderosas em Deus" para "anular sofismas" como estes (2a Co: 10.4-5). Por isso, darei início a partir de hoje e, diariamente, a postagens sobre a revelação soteriológica Vetero-Testamentária, provando, à luz das Escrituras, que "importava se cumprisse" tudo o que Dele está registrado na "Lei de Moisés" (O Pentateuco), nos "profetas" (Livros históricos e proféticos) e nos "Salmos" (Livros Poéticos). Que o SENHOR JESUS os abençoe e edifique!

ÍNDICE


ESTE É O DIA QUE O SENHOR FEZ... E O MUNDO ESQUECEU!




"Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e >>PERGUNTAI PELAS VEREDAS ANTIGAS<<, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas. Mas eles disseram: Não andaremos nele." (Jeremias 6.16)

            Neste Domingo, comemoramos o dia que o SENHOR ressuscitou! Além disso, comemoramos também outra data muito especial, e não é o Dia dos Namorados. Ontem foi o quinquagésimo dia depois da celebração da Páscoa, quando comemoramos o PENTECOSTES!
                Esta palavra se origina da língua grega e significa "quinquagésimo". Isso porque, como disse, é o 50° dia depois da celebração da Páscoa. É a solenidade da descida plena do Espírito Santo sobre a igreja de Deus. Junto com o Natal e a Páscoa, forma o tripé mais importante do Ano Litúrgico. Esse detalhe ajuda a compreender por que o Pentecostes pertence ao Ciclo da Páscoa.
            Antes de ser uma festa dos cristãos, a celebração do Pentecostes foi uma festa tipicamente judaica e, antes de ser chamada assim, tinha outros nomes e era uma festa agrícola. Em Êxodo 23.16 é chamada de “Festa da Colheita”, a festa dos primeiros feixes de trigo colhidos. Em Êxodo 34.22 é chamada de “Festa das Semanas”, porque se calculava sete semanas a partir do início da colheita do trigo, ou seja, 49 dias.
            Com o passar tempo ela perdeu sua ligação com os agricultores e recebeu o nome grego de pentecostes. No tempo de Jesus, celebrada 50 dias após a Páscoa, ela recordava o dia em que no Monte Sinai, Deus entregou as tábuas da Lei a Moisés. Em Atos 2 nós vemos registrada a vinda plena do Espírito Santo no período da celebração desta festa.
Esta data deve ser comemorada pelo povo de Deus por algumas razões especiais: 1) O supremo dom do Pai e de Jesus à sua igreja é o Espírito Santo; 2) Como o Espírito estava no princípio da criação (Gênesis 1.2), esta data nos relembra que, em Cristo, O Espírito Santo nos “recriou” (2ª Coríntios 5.17 - no grego a expressão é literalmente NOVA CRIAÇÃO); 3) Esta comemoração também nos traz à memória que fomos capacitados e comissionados por Deus com dons espirituais para sermos testemunhas de seus feitos (Atos 1.8); 4) A partir do Pentecostes, o cumprimento de formar uma igreja entre todas as nações se concretiza (Romanos 8.9 / Atos 11.17). E Estes são apenas alguns dos motivos que nos deveriam levar a comemorar este dia!    
É... deveriam, mas infelizmente, foram ofuscados por outros motivos que não relembram, em nada, o que Deus fez pelo seu povo. Infelizmente em nossa era os cristãos fazem pouco caso desta celebração e às vezes nem a comemoram como deveriam. Aliás, a igreja do século XXI é especialista em ofuscar a memória de dias gloriosos. Um exemplo disto é a substituição do "Domingão da Ressurreição" pelo "Domingão do Faustão". Hoje, dificilmente, você encontrará igrejas que celebram ao SENHOR pela ressurreição de Cristo neste dia., o primeiro dia da semana. Aliás, dificilmente você encontrará crentes que celebram ao SENHOR neste dia, a não ser de manhã e à noite. Estão muito ocupados com o brasileirão e o tal do Faustão...
É triste ver que os “namorados”, o “Coelho com ovos  de  chocolate”  e  o  “Papai Noel”  roubaram  o  foco  das  principais celebrações  cristãs. Como disse o profeta Jeremias, é preciso "perguntar pelas veredas antigas" URGENTEMENTE! Que  o  SENHOR  tenha misericórdia de nós e nos faça retomar  a  reverência  e  o correto entendimento destas festas para que celebremo-las de maneira aceitável, amém!

O Perigo da Teologia Dispensacionalista


Por Rousas Jhon Rushdoony

Há muitos que sustentam que o dízimo não é mais obrigatório, mas foi abolido, juntamente com o restante da lei, pelo grande fato “divisório” na história, a cruz. Essa posição, sempre que defendida, reside em uma forma de dispensacionalismo. Ela divide as Escrituras em duas ou mais eras que são totalmente diferentes, até mesmo quanto à maneira de salvação em alguns casos, e sustenta que a lei é agora inválida, pois estamos debaixo da graça.
A salvação, contudo, em toda a Escritura é pela graça soberana de Deus somente. O homem nunca foi salvo pelas obras da lei em nenhum momento da história. A Escritura não nos dá dois planos de salvação, mas somente um. Antes da vinda de Cristo, a salvação pelo seu sacrifício vicário foi anunciada no sistema sacrificial. O homem era salvo, não pelas obras, mas pelo sangue expiatório do Cordeiro, anunciado antes de sua vinda através do sacrifício de animais sem defeito. O crente colocava suas mãos no animal a ser sacrificado, confessava os seus pecados, e agradecia a Deus por prover o sacrifício vicário do inocente para a sua salvação. A lei não salvou nenhum homem, seja no Éden, em Israel ou na igreja. A lei anuncia a justiça de Deus. Ela é o Código Santo, o caminho da santidade ou santificação. Ela declara que essa é a vida da fé, a vida de obediência: essa é a forma de servir a Deus.
O caminho da salvação não varia na Bíblia: é sempre pela graça soberana. O caminho da santificação não muda na Bíblia: é pela obediência à lei de Deus. O dispensacionalismo, quer em suas formas moderadas ou extremas, faz violência ao significado e unidade da Escritura.
Aqueles que negam a lei o fazem supostamente em nome de um caminho “mais sublime” agora aberto aos cristãos. Dessa forma, certo dispensacionalista, Pieter A. Verhoef, escreve:
A lei declara um dia dentre sete para ser santo ao Senhor – o Espírito santifica todos os sete. A lei separa uma tribo das doze para servir como sacerdotes – o Espírito declara toda a congregação como sendo sacerdotes (1 Pedro 2.9). A lei exige a décima parte das possessões – o Espírito nos translada para nos tornarmos possessão de Deus com tudo o que temos, cem por cento. Tudo pertence a ele. Somos seus despenseiros, que darão conta de cada centavo que possuímos.
Dessa forma, para Verhoef, o dízimo não é lei para nós! Mas essa é uma declaração chocante da parte de um professor de Antigo Testamento! Examinemos seus comentários. Primeiro, há uma suposta diferença entre a era da lei e a era do evangelho, para usar esses termos comuns mas ilegítimos, no fato que “a lei declara um dia dentre sete para ser santo ao Senhor – o Espírito santifica todos os sete”. Como assim? A lei é enfática, repetidamente: “Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2). S. Pedro simplesmente repete a lei, declarando:
Segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. (1 Pedro 1.15-16)
Em toda a Escritura, requer-se que toda a nossa vida, dias e atividades sejam santos: não há diferença aqui entre o Antigo e Novo Testamento. Um dia dentre sete deve ser separado para descanso, mas todos os sete devem ser devotados à santidade, todos devem ser santificados ao Senhor e pelo seu Espírito. Verhoef confunde as ideias de descanso santidade; elas são ideias relacionadas, mas claramente separadas. Não somente o descanso, mas o trabalho também deve ser santo.
Segundo, Verhoef diz: “A lei separa uma tribo das doze para servir como sacerdotes – o Espírito declara toda a congregação como sendo sacerdotes (1 Pedro 2.9)”. Essa é uma declaração impressionante; impressionante em sua desonestidade e falsidade. Certamente Verhoef sabe que aqui Pedro também está citando a lei! Observe o que o Antigo Testamento declara, e como Pedro resume isso:
Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel. (Ex 19.5-6)
Mas o SENHOR vos tomou e vos tirou da fornalha de ferro do Egito, para que lhe sejais povo de herança, como hoje se vê. (Dt 4.20)
Porque tu és povo santo ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. (Dt 7.6)
Porque sois povo santo ao SENHOR, vosso Deus, e o SENHOR vos escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe serdes seu povo próprio. (Dt 14.2)
E o SENHOR, hoje, te fez dizer que lhe serás por povo seu próprio, como te disse, e que guardarás todos os seus mandamentos. Para, assim, te exaltar em louvor, renome e glória sobre todas as nações que fez e para que sejas povo santo ao SENHOR, teu Deus, como tem dito. (Dt 26.18-19)
Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1 Pedro 2.9)
Ser um povo santo significa ser um povo separado, um povo dedicado ou sacerdotal. Isso o Antigo Israel era e isso o Novo Israel de Deus é. Então um clero profissional existia e hoje existe um também. O que Ex 19.6 diz, 1 Pedro 2.9 repete. Nosso futuro é de fato cruel, e o julgamento de Deus certo, quando a igreja tem como seus eruditos “fieis” e “reformados” homens como Verhoef.
Terceiro, Verhoef diz:
A lei exige a décima parte das possessões – o Espírito nos translada para nos tornarmos possessão de Deus com tudo o que temos, cem por cento. Tudo pertence a ele. Somos seus despenseiros, que darão conta de cada centavo que possuímos.
Essa é uma obra-prima, mas não da graça! A recusa em dizimar é transformada numa virtude, como um sinal que de alguma forma, sonegando o nosso dízimo, estamos dando ao Senhor tudo! Já vimos que Dt 4.20 fala de Israel como a herança ou possessão de Deus; Dt 14.2 como um povo único ou peculiar ao Senhor, isto é, como sua propriedade, e assim por diante. Em toda era, os eleitos de Deus são sua possessão no sentido mais pleno da palavra.
Mas isso não é tudo. Certamente um professor de Antigo Testamento deveria saber que os primeiros frutos e o dízimo representam a dedicação de toda a colheita e de toda a nossa renda, pessoa e vida ao Senhor. O fato de dar os primeiros frutos, as primícias do rebanho e o dízimo, não o resto mas a primeira porção ao Senhor, significa a dedicação de tudo ao Senhor.
Em um ponto Verhoef está correto: somos “possessão de Deus com tudo o que temos, cem por cento. Tudo pertence a ele. Somos seus despenseiros, que darão conta de cada centavo que possuímos”. Precisamente, e esse é o motivo de Deus requerer de nós o dízimo, nossos primeiros frutos. Sua reivindicação sobre nós é primeira e total. Reconhecemos essa reivindicação ao dar a Deus o dízimo que ele requer de nós pela lei. Se damos a ele a prioridade em nossas vidas, tempo, trabalho e renda, então temos de fato manifestado por meio disso que somos verdadeiramente sua possessão. Se negamos a ele o seu dízimo, então nossa profissão de fé é vazia.
Sou normalmente um homem dado à hospitalidade nos termos bíblicos. Fundamento na Escritura, ordenei que um homem deixasse a minha casa ano passado. Ele chegou ao clímax de suas exposições de farisaísmo ao declarar que acreditar em ser totalmente do Senhor, e que acreditava no princípio do dízimo, mas não na “prática legalista” dele. Perguntei quando ele dava, e ele recusou responder, mas tornou-se aparente pelas respostas de sua esposa que ele não dava quase nada!
Podemos crer em Jesus Cristo como Senhor e Salvador em princípio, mas não na prática? Podemos crer em sermos fieis às nossas esposas em princípio, mas não na prática, sem sermos mentirosos ou hipócritas? Podemos declarar que somos do Senhor em princípio, sem a prática do dízimo, e ainda estarmos em seu favor? Não posso crer nisso.
Fonte: Capítulo 3 do excelente livro “Tithing and Dominion”, futuro lançamento da Editora Monergismo.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto. Outubro/2010.
Disponível em http://monergismo.com/?p=2653

O Cristão e a Pena de Morte: Dá para conciliar?


"Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda darás testemunho, acompanhando a maioria, para perverteres a justiça" (Ex: 23.2)

Agora virou festa! Não bastava a vergonhosa legalização da união estável entre homossexuais pelo Supremo Tribunal Federal, agora também querem a legalização da Maconha... daqui à pouco vem o aborto, o assassinato e por aí a "festa da iniquidade" se deflagra...

Deus, o Todo-Poderoso Soberano dos céus e da terra, convoca o Seu povo no Monte Sinai desta forma:  "Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o Senhor vosso Deus. Guardai os meus estatutos, e cumpri-os. Eu sou o Senhor, que vos santifico. [...] Se um homem tomar uma mulher e a mãe dela, é maldade; serão queimados no fogo, tanto ele quanto elas, >>PARA QUE NÃO HAJA MALDADE NO MEIO DE VÓS<<. [...] Guardareis, pois, todos os meus estatutos e todos os meus preceitos, e os cumprireis; a fim de que >>A TERRA<<, para a qual eu vos levo, para nela morardes, >>NÃO VOS VOMITE<<. E não andareis nos costumes dos povos que eu expulso de diante de vós; porque eles fizeram todas estas coisas, e eu os abominei. [...] Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes; nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, para a qual eu vos levo; >>NEM ANDAREIS SEGUNDO OS SEUS ESTATUTOS<<. Os meus preceitos observareis, e os meus estatutos guardareis, para andardes neles. Eu sou o Senhor vosso Deus." (Levítico 20.7-8, 14, 22-23 / 18.3-4)

O Texto é claro: A Pena de morte deveria ser aplicada em Israel como >>A<< forma de coibir o alastramento do pecado na nação, já que eles deveriam ser santos! Ah! Como seria maravilhoso se os cristãos modernos voltassem os seus olhos para este princípio! Quão magnífico seria ver o povo de Deus lutando contra o pecado e pela legalização da Pena de Morte, já que o próprio Deus a institui como >>O<< meio de coibir a iniquidade de toda uma nação. E olha que Deus não está falando de CONVERSÃO, mas COIBIÇÃO da "maldade no meio deles", ou seja, o afastamento de um povo das práticas totalmente abomináveis aos Puros Olhos de Deus. E, ainda que este povo adote leis que sejam contrárias as encontradas na Sagradas Escrituras, de modo algum devemos aceitá-las pois, como dizia irmão Agostinho, "uma Lei Injusta, não é Lei alguma!"

Estamos vivendo ante o progresso da Iniquidade! A nossa nação, bem como a grande maioria dos cristãos que nela habitam, estão cada vez mais caminhando rumo às velhas práticas encontradas em Sodoma e Gomorra, onde "tanto os moços como os velhos" eram totalmente devassos e sem escrúpulo moral algum! (Gn: 19.4)

Como, então, barrar este progresso? Pregação do Evangelho, sem dúvida, é o primeiro passo a ser tomado. Entretanto, existe uma segunda atitude que precisa ser, urgentemente, re-considerada: O MODO COMO OS CRISTÃOS VEEM A LEI VETERO-TESTAMENTÁRIA (Velho-Testamento).

Os cristãos modernos (pelo menos, a grande maioria) acham que, por não sermos uma teocracia, não devemos mais considerar a Lei Divina dada aos nossos antepassados como algo especial e de valia na sociedade atual. Na verdade, uns desconsideram quase que completamente a Lei dada no Sinai, como é o caso dos dispensacionalistas ("moderados" ou "exagerados"). Para redescobrirmos o valor e a importância da Lei Sinaítica para nós hoje, precisamos lançar mão de uma passagem que, ora ou outro, vêm sido utilizada pelos que são contrários ao Correto uso daquela Lei: João 8.1-11.


"Mas Jesus foi para o Monte das Oliveiras. Pela manhã cedo voltou ao templo, e todo o povo vinha ter com ele; e Jesus, sentando-se o ensinava. Então os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; e pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério.
Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para terem de que o acusar. Jesus, porém, inclinando-se, começou a escrever no chão com o dedo. Mas, como insistissem em perguntar-lhe, ergueu-se e disse- lhes: Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, até os últimos; ficou só Jesus, e a mulher ali em pé.
Então, erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém senão a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais."

Longe de discutir se o texto em questão faz parte do cânon ou não, quero trabalhar outro princípio ali. A situação é vergonhosa! Uma mulher é apanhada em flagrante adultério e os "fariseus e Escribas", já conhecidos inimigos do Senhor, trouxeram esta mulher para ser apedrejada porque, segundo eles, "Moisés ordena na Lei que as tais sejam apedrejadas". Será? Vejamos o que a Lei ensina para "que não houvesse maldade" no meio dos israelitas:

"O homem que adulterar com a mulher de outro, sim, aquele que adulterar com a mulher do seu próximo, certamente será morto, tanto o adúltero, como a adúltera." (Lv: 20.10)

Observe que ambos deveriam ser mortos! Mas o objetivo daqueles homens não era a prática imparcial da Lei, mas sim, tentar Jesus para "terem de que o acusar". E por que isso? Tais homens sempre foram invejosos e procuravam, dia e noite, ter com o que acusar Jesus para que este fosse condenado perante o império Romano. Eles fizeram isso com o tributo romano (Mt: 22.15-22) e agora estavam tentando acusá-lo numa das leis vigentes na época que, segundo as Escrituras, não permitia aos povos sob o domínio de Roma executarem ninguém a seu bel-prazer (João 18.31) porque, esclarece Donald Guthrie, "embora o sinédrio tivesse o poder de condenar um homem [ou, claro, uma mulher] à morte, exigia que ele obtivesse a sansão do governador".

Então vemos que a intenção deles não era a justiça prática da Lei Mosaica, mas sim, a aplicação parcial da mesma segundo seus próprios interesses. No desfecho da história, o Senhor revela respeito pela autoridade vigente (o império Romano) e nos ensina que, em tempos de "Antropocracia", devemos nos submeter as autoridades constituídas, assim como Paulo no ensina em Rm: 13.1-2, até onde estas respeitarem os princípios morais contidos na Sagrada Lei. Então, JESUS NÃO FOI CONTRA A PENA DE MORTE E POR QUE NÓS SERÍAMOS? SOMOS MAIORES QUE O NOSSO MESTRE?

Ele nunca deu sinais de que reprovava esta Lei, antes, Ele afirma:

"Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus [como no caso de João 8], de modo nenhum entrareis no reino dos céus." (Mateus 5.17-20)

Então, por favor, não desconsidere as palavras inspiradas que o SENHOR concedeu ao seu santo servo Moisés que "foi fiel em toda casa de Deus" (Hb: 3.5). Ainda que algumas daquelas leis tinham o seu valor apenas temporal pois tipificavam o sacrifício de nosso Senhor (Hb: 10.1), re-considere o valor que você tem dado àqueles preceitos, para a glória do nosso Deus.

Que o Espírito Santo nos conduza a uma alta e reverente apreciação de TODAS as Suas Sagradas Escrituras!

JÁ ME CHAMARAM DE FANÁTICO!!!


"Tu ordenaste os teu mandamentos para que os cumpramos à risca! Tomara, sejam firmes os meus passos, para que eu observe os teus preceitos. Então, não terei de me envergonhar, quando considerar em todos os teus mandamentos." (Salmo 119.4-6)

Tenho discipulado nestes últimos meses um aluno meu da Universidade. Semana passada ele me fez uma pergunta interessante sobre fanatismo religioso e minha resposta foi trivial ao explicar o significado do termo e suas implicações. Depois disso eu comecei a pensar no assunto e me lembrei de que já fui rotulado de tantas coisas como, por exemplo, de conservador, de direitista, de machista (aliás, veja os comentários sobre uma postagem minha
 aqui), de fundamentalista, de puritano, de antihumanista, de facista e, finalmente, de fanático. Surgiu em minha mente a questão sobre o porquê algumas pessoas pensarem isso de mim, por que elas vinham em mim um comportamento que transparecia fanatismo religioso?

Comecei a refletir e pensei: bem, se ser fanático significa ser agressivo, cheio de rancor, desrespeitoso, ameaçador, preconceituoso, violento, estreito mentalmente; se ser fanático é usar de excessiva irracionalidade quanto às motivações teóricas, religiosas ou políticas; se ser fanático é não saber ouvir e nem debater com respeito; se ser fanático é beirar o delírio; então posso afirmar com toda tranqüilidade que não sou fanático e sinto-me ofendido com este rótulo.

Por outro lado lembrei que o fanatismo para muitos significa abraçar, obedecer e preservar a Lei de Deus na família e na vida como um todo. Numa cultura tão relativizada como a nossa que alarga os limites do pecado e estreita as fronteiras da santidade, procurar nunca mentir ou sempre guardar o Domingo como dia do Senhor, apenas para citar dois hábitos, pode ser visto como fanatismo moral e religioso respectivamente. E o pior de tudo é que muitas vezes este tipo de julgamento surge dentro da própria Igreja.

Neste sentido eu diria que se para alguns fanatismo é sinônimo de obedecer a Deus, ou seja, se lutar pela virgindade até o casamento for fanatismo; se nunca adulterar, mesmo que mentalmente, for fanatismo; se houver disposição para largar o emprego e o glamour pessoal para servir ao Senhor for fanatismo; se perdoar qualquer tipo de agressão for fanatismo; se acreditar que a pena de morte é um princípio divino contido nas Escrituras no Velho e no Novo Testamento for fanatismo; se crer que o Senhor está no controle de tudo no universo for fanatismo; se, de minha parte, houver disposição à morte por amor de Jesus for fanatismo; se acreditar que existe um princípio de autoridade no mundo onde o homem é o cabeça da mulher for fanatismo; se entender que a Bíblia é a revelação inequívoca de Deus aos seus eleitos for fanatismo; em suma, se na busca da santidade extrema houver a obediência com todas as forças à vontade de Deus, cumprindo-as sem relativismo ético, moral ou cultural for fanatismo; então certamente serei o mais fanático dentre todos os estilos de vida existentes nessa terra!